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Vista do centro e do porto |
A dinâmica cidade de Reykjavik é a capital mais setentrional do mundo e possui em sua região metropolitana mais de 200.000 habitantes, concentrando dois terços dos islandeses. É a capital política, econômica e cultural da Islândia, onde se encontram os principais prédios públicos, museus e teatros. Com certeza merece que o visitante gaste pelo menos algumas horas percorrendo seus pontos turísticos antes ou depois de rumar para o interior, onde se situam as atrações naturais incríveis que fizeram a fama da ilha.
O esquema de traslado do aeroporto de
Keflavik (atenção, a letra f soa como "p" nesta palavra) a Reykjavik é superorganizado. Para cada voo que chega ao aeroporto, sai um ônibus – o Flybus – pontuais quarenta minutos depois. O ônibus termina seu trajeto na rodoviária da cidade, de onde saem vans, com percurso incluso na passagem, que o deixam na porta do seu hotel.
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Trilha na orla de Reykjavik |
A paisagem do trajeto de 45 minutos até Reykjavik é no mínimo intrigante. Desértica, lembra um pouco a dos terrenos lunares. Uma curiosidade: o ônibus passa pela cidade portuária de
Hafnarfjörður, que é conhecida por “possuir a maior população de duendes”. E aqui cabe uma explicação: uma ampla percentagem da população islandesa acredita na existência destes elfos, que morariam
em pedras. Há casos de estradas com trajeto desviado para não remover rochas onde eles habitariam. Reportam-se ainda acontecimentos inexplicáveis que são atribuídos à ação dos duendes, incomodados por alguma obra.
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Rua de Reykjavik com algumas casas típicas |
Apesar de ser a sede legislativa e administrativa do país, durante o dia Reykjavik tem uma aparência bastante tranquila, mas as noites do final de semana literalmente fervem, com os jovens se divertindo em bares e na rua até altas horas. Por isso, se você é adepto de sossego, não se hospede em hotel do centro da cidade nas noites de sexta e sábado, pois o barulho é grande.
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Casas na rua Suðurgata |
O visual da cidade é bastante simpático, sendo muitas casas de madeira, revestidas de ferro ondulado para resistir às intempéries. Pintadas em cores vivas, tornam o visual da cidade bem nórdico e pitoresco. E não se pode deixar de se registrar o ar puro, sem poluição.
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Rua de acesso à Igreja de Hallgrimskirkja |
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Igreja de Hallgrimskirkja |
A principal atração arquitetônica da cidade é a Igreja
de Hallgrímskirkja, inaugurada em 1986 após quarenta anos de construção, com concepção arrojada e plantada no ponto mais elevado do centro. A intenção do arquiteto que a concebeu foi retratar as camadas de lava de um vulcão, mas a construção se assemelha mais a uma nave espacial. A vista do alto da sua torre é fantástica, como comprova a foto que abre este post. Em seu interior despojado, a audição do órgão com 5.200 tubos impressiona. À sua frente se situa a estátua de Leifur, o Sortudo, filho do lendário viking Erik, o Ruivo, e considerado pelos islandeses o verdadeiro descobridor da América, para onde navegou no ano 1000. A estátua foi um presente dos Estados Unidos por ocasião do milésimo aniversário do Parlamento islandês, sobre o qual falaremos em detalhe quando abordarmos o passeio do
Golden Circle.
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Orla da baía |
Estando localizada em uma península banhada pela baía de Reykjavik, o mar tem um papel importante na vida da cidade. Um passeio pelo bonito caminho da orla da baía é imprescindível. Dentre as atrações ali situadas, podemos citar a fabulosa escultura Sólfarið (“Viajante do Sol”), representando as naus vikings que singravam o oceano há séculos atrás e a recém-inaugurada e arrojada Harpa, a sala de concertos da cidade.
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A escultura Sólfarið, em total integração com o mar |
Uma casa branca construída há pouco mais de cem anos junto à orla, pitoresca mas despretensiosa, guarda importância histórica. Foi na
Höfði que ocorreu em 1986 uma conferência que reuniu o presidente americano Reagan e o soviético Gorbachev, considerada posteriormente o primeiro grande passo para o fim da Guerra Fria. Hoje é palco de recepções oficiais.
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A casa onde Reagan e Gorbachev se encontraram |
O caminho termina no porto, vital para a economia, já que a pesca é a principal atividade do país, seguida do turismo. De lá saem também os cruzeiros para se avistarem baleias e puffins, os pássaros com bicos coloridos típicos da região. Curioso é ver estes barcos atracados lado a lado com barcos de caça às baleias, facilmente reconhecíveis por um enorme H pintado, letra inicial da palavra islandesa que designa a baleia. Para desespero dos defensores do animal, baleia e puffin podem ser degustados em alguns restaurantes.
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O colorido porto de Reykjavik |
No próximo
post, continuaremos nosso tour, mostrando mais alguns marcos que tornam a capital da Islândia uma cidade única.
Postado por Marcelo Schor em 12.01.2012
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